domingo, 25 de dezembro de 2011
Luz de Fifó: Viva Luiz: assim cresceu Gonzaga
Luz de Fifó: Viva Luiz: assim cresceu Gonzaga: Ajudando o pai na roça e na sanfona, acompanhando a mãe às feiras, fazendo pequenos serviços para os fazendeiros da região, sendo prote...
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Lampião
Lampião é simbolo,
Simbolo é mistério
Mistério é curiosidade,
Criança , mistério, ciência,
Curiosidade , sapiência,
Saber, essência.
Lampião,guerrilha,estrategia
Vida,justiça e morte
herói,mito e verdade
Não sou Ferreira nem Lucena
só sou amigo de Dadá,
sou sertanejo.
conto historias,da Serra
Grande,de Mossoró.
ouço casos também, de
Nazaré,de S. Francisco
Aprendendo o Lampião.
Tadeu
VDC,inverno,1997
Na lua do frio grande.
Simbolo é mistério
Mistério é curiosidade,
Criança , mistério, ciência,
Curiosidade , sapiência,
Saber, essência.
Lampião,guerrilha,estrategia
Vida,justiça e morte
herói,mito e verdade
Não sou Ferreira nem Lucena
só sou amigo de Dadá,
sou sertanejo.
conto historias,da Serra
Grande,de Mossoró.
ouço casos também, de
Nazaré,de S. Francisco
Aprendendo o Lampião.
Tadeu
VDC,inverno,1997
Na lua do frio grande.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
site Lampião
Depois de participar do bando de Sinhô Pereira, durante um bom tempo, a maior parte dele agindo como braço direito do chefe, Lampião estava apto a dirigir seu próprio grupo. O próprio comandante fizera a escolha, indicando-o para continuar em seu lugar. Essa preferência já havia ficado clara, quando o escolhera para chefiar seu bando em várias incursões anteriores, como no ataque à cidade de Matinha de Água Branca.
E foi assim, entronizado pelo cangaceiro que respeitava e admirava, que Lampião começou a escrever sua própria história.
Pretendemos relatar vários fatos a respeito de Lampião e seus combates, restaurando a verdade, em alguns casos, e reafirmando-a, em outros. A verdade nem sempre é bonita e romântica. Na maioria das vezes é dura e cruel.
Entender o personagem e procurar compreender o homem são duas tarefas distintas. Nosso objetivo é manter a veracidade, para que se possa observar os vários lados da questão.
A seguir um cronograma das principais Batalhas de Lampião
1922BARONESA DE ÁGUA BRANCA
A VINGANÇA DE SINHÔ PEREIRA
1923
JOÃO FERREIRA TENTA O CANGAÇO
CASAMENTO DE LICOR
1924
LAMPIÃO FERIDO NO PÉ
ATAQUE A SOUZA
1925
VISITA A CUSTÓDIAMATA GRANDE E SERROTE PRETO
MORTE DE LIVINO FERREIRA
COMBATE EM XIQUE XIQUE
1926
COMBATE EM CARAÍBAS
JOSÉ NOGUEIRA
LAMPIÃO CAPITÃO
TAPERA
COMBATE EM SERRA GRANDE
1927
A MORTE DE ANTONIO FERREIRA
EZEQUIEL E VIRGÍNIO ENTRAM NO CANGAÇO
MOSSORÓ
LAMPIÃO TRAÍDO
1928
MORTE DE SABINO
LAMPIÃO CRUZA O SÃO FRANCISCO
PRIMEIRO COMBATE COM FORÇAS DA BAHIA
1929
COMBATE EM ABÓBORA
MORTE DO CABO MILITÃO
LAMPIÃO EM SERGIPE
QUEIMADAS
MIRANDELA
1930
SALINA
MARIA BONITA
MULHERES NO CANGAÇO
1931
MORTE DE EZEQUIEL FERREIRA
RASO DA CATARINA
1932
SECA DE JOÃO MIGUEL
CANINDÉ DO SÃO FRANCISCO
FERRO E FOGO - AÇO E MORTE
1933
TRAIÇÃO
1934
DESCUIDO FATAL
1935
O OLHO ESQUERDO DE LAMPIÃO
MORTE DA FAMÍLIA ALVES
1936
O COMEÇO DO FIM
1937
MARIA BONITA FERIDA
COMBATE NO CRAUÁ
1938COMBATE NO CRAUÁ
ANGICO
domingo, 11 de dezembro de 2011
Lampião , governador do sertão
O desafio do "governador do sertão" | ||||||
Na história de Lampião, marcou época sua atrevida idéia de propor a divisão do estado de Pernambuco, cabendo a ele o governo de uma das metades. A reação das autoridades, extremamente violenta, assinalou o início da derrocada do cangaceiro | ||||||
por Moacir Assunção | ||||||
Conhece-se apenas a reação do dirigente do estado, registrada pelos historiadores Frederico Pernambucano de Mello e Frederico Barbosa Maciel: "A proposta de Lampião terá uma resposta à altura de seu atrevimento e ousadia". E fica mais fácil entender esse atrevimento quando se recorda que na época Lampião se sentia excepcionalmente fortalecido por ter acabado de derrotar, em 27 de novembro, uma supervolante de 300 soldados, comandada por seus piores inimigos. Isso acontecera na Batalha da Serra Grande, a mais violenta da história do cangaço. No dia 12 de dezembro, Júlio de Melo seria sucedido por Estácio Coimbra, que não se deu por rogado diante do desafio. Colocou na chefia da polícia um jovem advogado, filho de uma família aristocrática da Zona da Mata, Eurico de Souza Leão, que se encarregaria de dar a resposta oficial ao bandoleiro. Leão tomou, então, medidas que fizeram com que, em um prazo de um ano e meio, Lampião estivesse totalmente derrotado em seu estado natal. Para começar, trocou os soldados do litoral que combatiam os cangaceiros - chamados pejorativamente de "pés-de-barro" - por sertanejos de hábitos e resistência física exatamente iguais às dos bandidos. Depois, começou a prender e processar os coiteiros (protetores de cangaceiros), quebrando a tradicional complacência e até mesmo cumplicidade dos poderosos chefes do interior para com Lampião e seus seguidores. Por fim, promoveu convênios com os estados vizinhos para enfrentar os bandidos. | ||||||
Na curiosa "proposta", Lampião e o governo do estado nordestino viveriam em harmonia, cada um em seu feudo, como se o Pernambuco do começo do século XX fosse a Europa da Idade Média. Aquela não seria a primeira nem a última vez que Lampião faria um desafio aberto ao governo de um dos sete estados nordestinos pelos quais circulou, mas dessa vez a ameaça ganhava maior importância porque o cangaceiro - que em março daquele ano havia sido armado e municiado pelo governo do presidente Artur Bernardes para enfrentar a Coluna Prestes - vivia o apogeu do seu domínio sobre a região e seus habitantes. Patente de capitão A passagem da Coluna Prestes pelo Nordeste, em 1925, fizera com que o deputado Floro Bartolomeu, médico baiano que era uma espécie de alter ego do Padre Cícero, propusesse ao governo federal a contratação de Lampião para enfrentá-la. O bandido receberia, então, em 4 de março de 1926, a patente de capitão dos chamados Batalhões Patrióticos, milícia irregular formada para combater os comunistas. Assim, o mais moderno armamento, como rifles Winchester modelo 44 e pistolas Mauser e Parabellum, além de farta munição, foi repassado aos bandoleiros, que, no entanto, somente uma vez, entre as cidades de São Miguel e Alto de Areias, no Ceará, deram combate a patrulhas avançadas da coluna do Cavaleiro da Esperança, apelido dado pelo escritor Jorge Amado ao líder Luís Carlos Prestes. Bem armados e municiados, com excelentes cavalos, fardamento militar na cor azul e a carta-patente assinada pelo Padre Cícero, os bandidos encontravam-se em um momento muito favorável. | ||||||
Naquela ocasião, ao lado de uns 90 cangaceiros, o bandoleiro destroçou a supervolante. O sargento Mané Neto, que perseguiu o bandido durante toda a vida, perdeu parcialmente o movimento das pernas ao ser atingido durante a luta. Já o sargento Arlindo Rocha levou um disparo na boca que quase lhe destruiu a mandíbula, o que faria com que tivesse problemas de mastigação pelo resto da vida. O curioso é que ele havia dito, antes de enfrentar os bandidos, que naquele dia "ia comer bala", ao se recusar a parar a tropa para o rancho, por causa da pressa de encontrar os cangaceiros. No total, pelo menos dez soldados morreram e 30 ficaram feridos no embate. Entre os bandidos, há notícias de somente alguns feridos. A razão da derrota é que os cangaceiros estavam postados no alto da serra, protegidos por pedras, enquanto os policiais avançavam de peito aberto. Aqueles tinham apenas o trabalho de escolher o alvo e atirar. Por muito tempo, a polícia, desmoralizada, manteve a versão de que Antônio Ferreira, um dos irmãos de Lampião, havia sido morto no confronto. Era uma forma de diminuir um pouco o impacto da derrota. Na verdade, Antônio seria morto em um acidente, em janeiro do ano seguinte, devido a um tiro disparado inadvertidamente por um cangaceiro chamado Luiz Pedro. Na Batalha da Serra Grande, o tiroteio, que se iniciou por volta das 8h30, durou praticamente o dia inteiro e só acabou quando os cangaceiros cansaram-se de "matar macacos" e resolveram descer a serra para seguir em direção à fazenda de Ângelo Gomes, conhecido como Anjo da Gia. Depois de libertar Mineiro Dias, que lhe servira como uma espécie de secretário enquanto esteve preso, Lampião pediu a ele para escrever a carta, que ditou na máquina de escrever portátil do comerciante, e a levasse ao Recife, para entregá-la ao governador. Dentro de um envelope branco, tipo comercial, endereçado ao "Ex° governador de Pernambuco", a correspondência chegou às mãos do chefe de polícia. | ||||||
Para enfrentar adversários tão perigosos, o chefe de polícia de Estácio Coimbra mirou no ponto mais sensível para os cangaceiros: os coronéis do interior e simples cidadãos que os escondiam e lhes vendiam armas e munição em troca de proteção. Em pouco tempo, vários daqueles que forneciam armamento ao bando de Virgulino estavam na cadeia, como o coronel Ângelo Lima, o fazendeiro Ascênio Gomes e o comerciante Ascendino Gomes de Oliveira, todos sob acusação de ajudar os cangaceiros. Mesmo que os detidos não fossem os mais poderosos protetores dos bandoleiros, sua prisãoera um sinal de que algo mudava na região. Homens duros Em outra frente, Eurico de Souza Leão levou para a polícia sertanejos da própria região, o vale do rio Pajeú, de onde os bandidos eram originários, ampliando uma política iniciada no governo anterior. Agora, eram homens duros, acostumados a enfrentar a caatinga e suas dificuldades, que davam combate aos bandoleiros. Os resultados dessa mudança de estratégia não demoraram a aparecer. Lampião logo teria nos seus calcanhares homens como os nazarenos, naturais da cidade de Nazaré (hoje Carqueja, no Pernambuco), que se converteriam em seus piores inimigos. Diante deles, o próprio líder cangaceiro tremeria. Mané Neto, Davi Jurubeba, Euclides Flor e Odilon Flor, entre outros, nunca lhe dariam descanso. Quando Lampião morreu, estes adversários choraram de raiva. É que, segundo Jurubeba, o bandido que eles perseguiram durante toda a vida acabou morto por João Bezerra, que não era um nazareno, mas sim um pernambucano, chefe de uma volante alagoana, por quem os nazarenos não nutriam grande simpatia. Aliás, Bezerra pediu e obteve, um dia antes do confronto, a metralhadora da volante baiana de Odilon Flor, para, afirmou, prender alguns bandidos. Flor jamais imaginou que o inimigo contra o qual iriam lutar fosse o próprio rei do cangaço. Se soubesse, estaria na linha de frente. | ||||||
A carta desafio | ||||||
Senhor governador de Pernambuco, Suas saudações com os seus. Faço-lhe esta devido a uma proposta que desejo fazer ao senhor para evitar guerra no sertão e acabar de vez com as brigas. (...) Se o senhor estiver no acordo, devemos dividir os nossos territórios. Eu que sou capitão Virgulino Ferreira Lampião, Governador do Sertão, fico governando esta zona de cá por inteiro, até as pontas dos trilhos em Rio Branco. E o senhor, do seu lado, governa do Rio Branco até a pancada do mar no Recife. Isso mesmo. Fica cada um no que é seu. Pois então é o que convém. Assim ficamos os dois em paz, nem o senhor manda seus macacos me emboscar, nem eu com os meninos atravessamos a extrema, cada um governando o que é seu sem haver questão. Faço esta por amor à Paz que eu tenho e para que não se diga que sou bandido, que não mereço. Aguardo a sua resposta e confio sempre. Capitão Virgulino Ferreira Lampião, Governador do Sertão Fonte: livro Lampião, seu tempo, seu reinado - vol. III, de Frederico Bezerra Maciel, Editora Vozes. O arquivo do governo de Pernambuco sobre Júlio de Melo está indisponível, e a versão acima foi compilada por Maciel com base nas entrevistas de Pedro Paulo Mineiro Dias à imprensa pernambucana. | ||||||
Saiba mais | ||||||
Lampião, senhor do sertão, de Élise Grunspan-Jasmin, Edusp. Quem foi Lampião, de Frederico Pernambucano de Mello. Stahli/Fundação Joaquim Nabuco. Guerreiros do sol, de Frederico Pernambucano de Mello, ed. A Girafa De Virgolino a Lampião, de Antônio Amaury e Vera Ferreira, Idéia Editorial Exposição "Cangaceiros". O rei do cangaço e seu bando estão em exposição no MIS-SP até 4 de março de 2007. São 86 imagens, cedidas por colecionadores do cangaço, que mostram a evolução e a originalidade de seus membros. De terça a domingo, das 10 h às 18 h. Av. Europa, 158, São Paulo, SP. Tel.: (11) 3062-9197. Ingresso: R$ 3,00 | ||||||
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sábado, 10 de dezembro de 2011
João de Sousa Lima: Maria Bonita e a origem do seu apelido por Frederi...
João de Sousa Lima: Maria Bonita e a origem do seu apelido por Frederi...: Que bom que o amigo Frederico já voltou à ativa, ele realizará palestra falndo sobre o apelido de Maria Bonita. participem, divulguem!!!!!...
OS SERTÕES,Euclides da Cunha
As caatingas
Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua.
Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas.
Ao passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e
não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças; e desdobra-selhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado: árvores sem folhas, de galhos estorcidos e secos,
revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar
imenso, de tortura, da flora agonizante...
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
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