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terça-feira, 29 de novembro de 2011



Cipriano Barata
As idéias liberais ganharam ímpeto a partir da presença e da atuação, no Recife, do político e jornalista baiano Cipriano José Barata de Almeida que retornava da Europa. Apesar de formado em medicina, pela Universidade de Coimbra, passou a maior parte de sua vida dedicado às atividades políticas.
Imagem 1Cipriano Barata era, segundo o historiador Amaro Quintas, (...) "irriquieto e combativo". Constava inclusive que por repudiar traços de qualquer outra Metrópole, usava roupas feitas apenas com tecidos do Brasil. Era também conhecido como "homem de todas as revoluções" pois estivera na Conjuração Baiana de 1798 e naRevolução Pernambucana de 1817.
A partir de 1823 começara a publicar um periódico chamado Sentinela da Liberdade. Por meio da nascente imprensa - que veiculava críticas e propostas políticas incentivando e envaidecendo uns, preocupando e descontentando outros - Cipriano Barata hostilizava o Governo imperial. Utilizando um texto combativo e agressivo, posicionava-se a favor das idéias republicanas e da autonomia das províncias. Por essa razão foi detido na fortaleza de Brum, em Pernambuco, em 17 de novembro de 1823.
Preso, desagradando e inquietando a muitos, continuou opondo-se ao Governo escrevendo outro jornal, dando-lhe o nome de: "Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, atacada e presa na fortaleza de Brum por ordem da força armada reunida." Transferido, posteriormente, para o Rio de Janeiro acabaria passando por inúmeras fortalezas permanecendo detido até 1830.

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terça-feira, 8 de novembro de 2011

tirado do portal São Francisco


PEQUENO ABC DO CANGAÇO

Acampamento
Em tempos de calmaria, os cangaceiros jogavam cartas, bebiam, promoviam lutas de homens e de cachorros, faziam versos, cantavam, tocavam e organizavam bailes. Para essas ocasiões se perfumavam muito. Lampião tinha preferência pela fragância francesa Fleur d'Amour.
Almocreves
Transportavam bagagens, alimentos e bens materiais pelos sertões, no lombo de burros. Na sua adolescência, Lampião havia exercido este ofício, o que contribuiu para que conhecesse bem a região onde depois palmilhou como líder dos cangaceiros.
Armas
Os cangaceiros mantinham seus rifles ensebados em ocos de pau, para evitar o "bicho próprio da madeira". O Winchester (modelo 1873, calibre 44, cano octagonal), conhecido com rifle papo-amarelo, foi a arma usada até 1926. O fuzil Mauser (modelo 1908, calibre 7x57) passou a ser a arma do bando de Lampião após a ida a Juazeiro do Norte. Os punhais tinham lâminas que mediam aproximadamente 67cm e o cabo, 15cm.
Coronel
Chefe político local, dono de grandes extensões de terra. Suas relações com os cangaceiros dependiam do interesse do momento.
Coiteiro
Indivíduo que fornecia proteção aos cangaceiros. Arrumava alimentos, fornecia abrigo e informações. O nome vem de coito, que significa abrigo. Religiosos, políticos e até interventores ajudaram Lampião.
Dinheiro
Em 1930, o governo baiano chegou a oferecer 50 contos de réis pela captura de Lampião. Era dinheiro suficiente para se comprar, na época, seis carros de luxo.
Equipamento
Em 1929, na cidade de Capela, Sergipe, Lampião pesou sua carga. Sem as armas e com os depósitos de água vazios, chegou a 29 quilos.
Ferimentos
Lampião levou sete tiros e perdeu o olho direito, mas acreditava que tinha o corpo fechado. Em 1921, foi ferido à bala no ombro e na virilha, no município de Conceição do Piancó-PB. Em 1922, atingido na cabeça. Em 1924, baleado no dorso do pé direito, em Serra do Catolé (Belmonte-PE). Em 1926, ferimento leve à bala, na omoplata, em Itacuruba, em Floresta-PE. Em 1930, atingido levemente no quadril, em Pinhão, município deItabaiana-SE.
Gravidez
As crianças não eram amamentadas pelas mães naturais, mas deixadas com amigos de confiança em coitos seguros. Para o nascimento, o bando reforçava a segurança do bando em um lugar fora da rota das volantes, mas próximo a uma parteira de confiança.
Maldade
Lampião tornou-se um "expert" em "sangrar" pessoas, enfiando-lhes longo punhal corpo adentro entre a clavícula e o pescoço. Consentiu que homens como José Baiano marcassem rostos de mulheres com ferro quente. Arrancou olhos, cortou orelhas e línguas. Castrou um homem dizendo que ele precisava engordar. A assepsia, nesses casos, era a mesma aplicada aos animais: cinza, sal e pimenta.
Medicina 1
No ferimento à bala, aguardente, água oxigenada e pimenta malagueta seca eram introduzidas através do orifício de entrada. A farinha, além de alimento indispensável, era utilizada como emplastro, no tratamento dos abcessos. O fumo em pó era utilizado sobre feridas abertas, com objetivo de evitar infecções secundárias e ovoposição de moscas varejeiras. Lampião levava em um de seus bornais uma botica improvisada com tintura de iodo, pó de Joannes, água forte, pomada de São Lázaro, linha e agulha, algodão, um estojo de perfumes com brilhantina, óleo extratos e essências baratas.
Medicina 2
O juá e a arnica eram elementos fundamentais para tratamento de feridas por tiros. O emprego das cascas de jenipapo nas luxações, fraturas e contusões era uma prática comum. Em traumatismo ocasionado por coice de burro usavam um emplasto de mastruço, carvão moído e esterco de animal. O chá de quixabeira também era recomendado para cicatrização.
Modernidade
Preocupado com falsificação de correspondência, Lampião mandou fazer cartões de visita com sua foto. Ele também mandava cartas em papéis que tinham seu nome datilografado. E usava garrafa térmica e capa de chuva, presentes dos coronéis que lhe apoiavam.
Misticismo
Meizinhas, amuletos e rezas eram utilizados para "fechar o corpo" contra os inimigos ou para espantar cobras e animais peçonhentos. Mulher menstruada era impedida de entrar nos quartos dos feridos de guerra, "para não arruinar a ferida". Em lesões graves, o doente devia evitar "pisar em rastro de corno".
Mulheres
Até 1930 não existiam mulheres no cangaço. Lampião passou a integrá-las em seus bandos depois de conhecer e se apaixonar por Maria Bonita. Elas não cozinhavam e nem faziam outras tarefas rotineiras nos acampamentos, atribuições para homens. Também não participavam efetivamente dos combates, com exceção de Dadá, esposa de Corisco.
Religiosidade
Supersticioso, Lampião andava com amuletos, livros de orações e fotos do Padre Cícero na roupa. Nos acampamentos, ele era encarregado da leitura do "ofício", espécie de missa. Em várias das cidades que invadiu chegou a ir à igreja, onde deixava donativos fartos, exceto para São Benedito. "Onde já se viu negro ser santo?", dizia, não escondendo o seu racismo.
Volantes
As forças policiais oficiais, que também agregavam civis contratados pelo governo para perseguir os cangaceiros.
Fonte: www.pernambuco.com
Cangaço
Movimento social do interior do Nordeste brasileiro, entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX. Caracteriza-se pela ação violenta de grupos armados de sertanejos - os cangaceiros - e pelos confrontos com o poder dos coronéis, da polícia, dos governos estadual e federal.
Cangaço
Lampião, o rei do cangaço
Os cangaceiros percorrem os sertões do Nordeste, assaltam viajantes nas estradas, invadem propriedades, pilham os vilarejos e aterrorizam os povoados. Em grande parte derivam de antigos bandos de jagunços - tropas particulares de grandes proprietários - que passaram a atuar por conta própria.
Desenvolvem táticas de ataque e despistamento, criam lideranças e até uma nova imagem, marcada pelo colorido vivo das roupas, pelos adereços de couro e por atos de coragem e bravura nos constantes embates com as volantes - pelotões da polícia enviados para sua perseguição.
Cangaceiros
Consta que o primeiro cangaceiro teria sido o Cabeleira (José Gomes), líder sertanejo que atuou em Pernambuco no final do século XVIII. Mas é um século mais tarde que o cangaço ganha força e prestígio, principalmente com Antônio Silvino, Lampião e Corisco. Antônio Silvino (Manuel Batista de Morais) começa a atuar em Pernambuco em 1896, passando depois ao Rio Grande do Norte, onde é preso e condenado em 1918.
Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), filho de um pequeno fazendeiro de Vila Bela, atual Serra Talhada, em Pernambuco, envolve-se em disputas de terras da família e, no início dos anos 20, embrenha-se no sertão à frente de um grupo de cangaceiros.
Do Ceará até a Bahia, o bando de Lampião enfrenta os coronéis e as polícias estaduais; às vezes, também é chamado para combater os adversários do governo. Valente, de hábitos refinados e, desde 1930, acompanhado de Maria Bonita, Lampião - ou Capitão Virgulino - torna-se uma figura conhecida no país e até no exterior.
Implacavelmente caçado, é encurralado e morto em seu refúgio de Angicos, uma fazenda na região do Raso da Catarina, na divisa entre Sergipe e Bahia, em 1938. Um de seus amigos mais íntimos, Corisco (Cristiano Gomes da Silva), o Diabo Louro, prossegue na luta contra as forças policiais da Bahia para vingar a morte do Rei do cangaço, morrendo em tiroteio com uma volante em 1940. O cangaço chega ao fim.
Lenda popular
Apesar do banditismo espalhado pelo sertão afora e do temor levado às pessoas mais pobres dos vilarejos, o cangaço vira lenda no Nordeste e em todo o país. Nele, ao lado da atividade criminosa, manifesta-se forte reação social aos poderosos, coronéis e autoridades em geral, responsáveis pela pobreza e pelo abandono das comunidades sertanejas.
Fonte: EncBrasil

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Meu nome Dally apelido Dailinha,peço licença a Dalinha pois esse repente dela parece ser pra mim...

Sou Dalinha, sou da lida.
Sou cria do meu Sertão.
Devota de São Francisco
E de Padre Cícero Romão.


Sou rês da Macambira,
Difícil de ir ao chão.
Sou o brotar das caatingas,
Quando chove no sertão.


Sou cacimba de água doce,
Jorrando em pleno verão.
Sou o sol quente do agreste.
Sou o luar do sertão.


Minha árvore é mandacaru.
Meu peixe, curimatã.
Eu tomo com tapioca,
O meu café da manhã.


Sou uma bichinha da peste,
Meu ídolo é Lampião.
Sou filha das Ipueiras.
Sou de forró e baião.


Sou rapadura docinha,
Mas mole eu não sou não.
Sou abelha que faz mel,
Sem esquecer o ferrão.


E se alguém realmente,
Inda perguntar quem sou,
Digo sem medo de errar:
Sertaneja, Sim Senhor!

sábado, 5 de novembro de 2011

Arranjo decorativo e ecologicamente correto?

rolos de sacolas de supermercado e revistas velhas se trans formão em base para esse lindo arranjo de Rosas , Orquídeas, Cogumelos ,Borboleta etc...